Costume solitário (em poemeto)
Acostuma-te
a dormir na escuridão,/
sem haver
quem te olhar de madrugada,/
que é
assim uma noite acompanhada/
por fantasma
da tristonha solidão./
De manhã,
não encontrarás refeição;/
o almoço
— tu vais procurar lá fora.../
a merenda
vai chegar fora de hora.../
e o
jantar — quem diria? — é um leitinho!/
Curtirás
o penar de um passarinho/
ou de
ovelha, sem bando ou sem rebanho,/
que é feliz porque pode tomar banho/
a dois metros
da ração e a um do ninho.
Obs.: os quartetos acima contêm cada verso hendecassílabo (com 11 sílabas métricas).
Curiosidade sobre a forma poética: juntando os quartetos do poemeto acima, vai se formar uma estrofe bárbara com 12 versos, como se vê abaixo (estrofe bárbara é aquela que tem mais de 10 versos).
Obs.: os quartetos acima contêm cada verso hendecassílabo (com 11 sílabas métricas).
Curiosidade sobre a forma poética: juntando os quartetos do poemeto acima, vai se formar uma estrofe bárbara com 12 versos, como se vê abaixo (estrofe bárbara é aquela que tem mais de 10 versos).
Costume solitário (em estrofe bárbara)
Acostuma-te a dormir na escuridão,/
Acostuma-te a dormir na escuridão,/
sem haver
quem te olhar de madrugada,/
que é
assim uma noite acompanhada/
por fantasma
da tristonha solidão./
De manhã,
não encontrarás refeição;/
o almoço
— tu vais procurar lá fora.../
a merenda
vai chegar fora de hora.../
e o
jantar — quem diria? — é um leitinho!/
Curtirás
o penar de um passarinho/
ou de
ovelha, sem bando ou sem rebanho,/
que é feliz porque pode tomar banho/
a dois metros da ração e a um do ninho.
a dois metros da ração e a um do ninho.
Um sábio precisa ter
cuidado para ensinar
só a quem quer aprender.
Quem não quer, ou sabe tudo,
convém mais ele escutar
atento e mudo ou sisudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário