28/02/2018

Colo de Dalila e pureza postiça

      Drama de Sansão
Há sempre um drama premente/
na alma de algum cristão./
Grande exemplo foi Sansão/
com Dalila venalmente:/
ele estava inconsciente/
(dormindo na camarinha)./
Não sentiu a mão daninha/
com que Dalila cortou/
seu cabelo e extirpou/
toda força que ele tinha.

             x-x-x      

      "Manto da Pureza postiça"
Alguém pratica maldade,/
jurando que faz justiça;/
"veste a pureza postiça/
com o manto da castidade”./
Assiste à missa, à vontade,
fora de qualquer suspeita./
Sabe que Deus o rejeita/
nesse juramento falso;/
vê Cristo no seu encalço...*/
Mas "a roupa não se ajeita".

*encalço que é vigilância e não é perseguição.

Cavalheiro amigo

      Guerreiro sem arma 
Uma sublime Amizade/
não tem zelo só consigo:/
toma conta do amigo/
"rico de necessidade"./
Uma prova de irmandade/
que tem essa magnitude/
vem de um ato que o ajude/
com a força de um guerreiro,/
pela mão de um cavalheiro/
sem arma nem gesto rude.

26/02/2018

Rico "trilioneiro"

      Pobre intrometido

— Tu guardas muito dinheiro!
— É pra quando eu precisar.
— Já tens mais que a água do Mar!
— Mas não enchi meu “balseiro”.

— Vais ficar trilioneiro¹...
— Bil Gates também ficou...

— Acho que ele se tornou
“o primeiro trilionário”.

— Ou primeiro, ou primário,
se ele for, eu sou "o segundo,
com mais dinheiro no Mundo";
não quero intermediário²!

Notas:
¹trilioneiro: palavra neológica, para dizer "trilionário só em dinheiro". 
²intermediário: nem outro rico em moeda, nem interlocutor, especulador, agenciador.
O texto acima é um poemeto com diálogo fictício.

24/02/2018

Expectativa de publicidade

      1) "Largada publicitária"
Espero que a Internete/
dê cartaz a este blogue:/
“status” que o homologue/
com "postagem ou manchete" /
para ser visto em tablete,/
netbook e celular.../
Quando "ela" destacar/
seu nome em alto relevo,/
faço meu marketing, escrevo,/
sem saber se vou parar!

      2) Marketing pessoal
Então pretendo fazer/
estrofe, textos em versos¹/
— falando em gente e universos —/
para quem gosta de ler/
ou tem “sede de saber”/
com ou sem curiosidade./
“No mar da publicidade*,/
o que cai na Rede² é peixe.”³/
Mas não lhe jogo o que deixe/
mau gosto nem dubiedade.
Notas:
¹Texto em verso é um poema.
²Rede mundial de computadores ou Internet.
³Dístico proverbial que eu adaptei, com restrição, do provérbio "Caiu na rede, é peixe", ou seja, "tudo vale".

      3) "Peixe e tubarão"
A Internete, porém,/
divulga, ficando atenta:/
avisa e regulamenta/
sua "política do bem"./
Só infelizmente alguém/
usa um "post" para o mal./
Esse é um "mar virtual/
que espuma" entre as nações,/
com "peixes e tubarões",/
nessa onda desigual.

Nota: a barra-diagonal que está no fim de cada verso não é usada na disposição de uma estrofe; mas aqui serve para facilitar ou indicar na tela do Google a mudança de linha na página da postagem.